quarta-feira, 10 de agosto de 2011




Completando um mês de resistência, a OKUPA TIMOTHY LEARY (O'K'UPA-> Diferencia-se de OCUPA, pois esta última serve apenas como moradia, enquanto a primeira serve para fins políticos) Enfrenta grandes desafios: Que predefinições devem existir num espaço de convivência libertária? QUAIS características do sistema devemos nos apropriar, de quais direitos devemos reinvindicar e quais RUPTURAS devemos ter?

Focault define o homem contemporâneo como um homem 'assujeitado', ou seja, um homem construído por uma elite arquiteta do homem. Uma verdadeira liberdade então compreenderia o conhecimento completo das possibilidades, e o direito à escolha do caminho a seguir.

Existe a 'liberdade para ser machista'? 'liberdade à alienação'? 'Liberdade para reproduzir uma cultura homofóbica?', 'Liberdade ao tiranismo de opinião?'

Claro que a pedagogia libertária trabalha com formas muito mais amplas do que apenas suprimir tais culturas brutalmente. Porém até que ponto deveremos ser tolerantes a elas? Até que ponto há garantia que com nossa tolerância, a cultura oposta está aprendendo com a cultura libertária, e não o contrário?

Não somos românticos. Não podemos ser. Só podemos trabalhar com o que a experiência nos mostra. Fugir da realidade quando se trata de assuntos de tática e estratégia é colaborar com a derrota.

CASA OKUPA TIMOTHY LEARY É UMA CASA LIBERTÁRIA PARA LIBERTÁRIOS. Está aberta para todos os visitantes de bom grado, mas para permanecer, é preciso nada mais nada menos que AMAR LOUCAMENTE A HUMANIDADE. É uma casa-ferramenta, pois se trata não apenas de querer nossa liberdade, mas da humanidade por inteira. Amostra de vídeos, arte, biblioteca, oficinas, estúdio de música. É TUDO PELA LIBERDADE. Pela EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA.

Não pensem que por isso não sabemos nos divertir. SABEMOS. Temos a loucura dos velhos piratas no sangue, a anarquia dos índios tropicais e o espírito aventuresco de colocar Rimbaud no chinelo.

A questão é que, divertir-se às custas do atraso do projeto é demosntração apenas de uma manifestação de espírito de porco, e não será tolerada. Ria a cada momento, Foque no seu horizonte o velho sonho, da vida sem opressão, do respeito da convivência entre todos, uma vida sem bloqueios, este velho sonho de todos aqueles que um dia experimentaram ou vão experiementar o vôo dos pássaros centenários.

3 comentários:

  1. Produzir novas formas de liberdade e não simplesmente as burguesas que nos foram ensinadas.
    Se desassujeitar não é tarefa nada fácil. Força aos Apaches que nesta empreeitada estão envolvidos.

    Lalo

    ResponderExcluir
  2. Oi, pessoal. Meu nome é Bruno Baader e contribuo com um site de notícias chamado Diário Liberdade (http://www.diarioliberdade.org/). Neste site, tentamos difundir notícias políticas que sejam de interesse de todos os segmentos da esquerda (desde Leninismo até o Anarquismo). O público alvo são os países lusófonos e, por isso, o portal tem repercussão internacional. Seria interessante para toda a esquerda (e para vocês, acredito) que o movimento organizado por vocês fosse divulgado. Eu sou bastante simpatizante do ideal libertário e, por isso, gostaria de fazer uma matéria sobre o movimento e, futuramente, quando minha vida estiver um pouco mais organizada, poder contribuir de outras formas. Por enquanto, essa foi a forma que encontrei. Assim, gostaria que alguém (de preferência que tenha participado do início do movimento) me passasse um contato (pode ser e-mail mesmo) para que eu elaborasse uma entrevista e, assim, desse início à execução da matéria. Será que alguém poderia, então, me passar o contato? Desde já, agradeço!

    ResponderExcluir
  3. força,avante libertari*s!um mês de resistência

    anarquia ,anarquia sempre anarquia

    ResponderExcluir