sexta-feira, 15 de julho de 2011

9 de Julho, o nascimento

Com todos os contratempos ainda não havia tido um tempo para descrever os processos de como se deu a ocupação e seus problemas e soluções;

Como alguns devem saber a energia e disposição de campinas é um pouco escassa; Desde que encontramos casa conseguíamos nos reunir em muito poucos para o início das atividades e tornar o espaço habitavel...Nosso maior problema foi exatamente esse, encontrar pessoas suficientemente dispostas a ocuparem o espaço e transformá-lo; Iniciamos a limpeza em 5, retirada dos matos, poeira, água que estava inundando parte da casa... Até aí a casa estava pronta pra ser tomada, porém sem gente o suficiente pra reivindicar o espaço...cadeados foram trocados, vizinhos reclamaram etc

Essa foi a primeira leva...

Então foi marcada a segunda leva pro dia 9 de Julho, data oficial do nascimento da casa...Foi feita uma divulgação, principalmente durante uma passeata, e as pessoas brotaram e brotaram. A casa terminou sendo descoberta e estava sendo frequentada por usuarios de crack, e perdemos toda a limpeza anterior (havia bosta pra todo canto...)

Vários trampando, vários dando o melhor de si pelo espaço, a coisa fluiu. No mesmo dia a casa estava limpa novamente, podia-se pisar no chão, haviam alguns móveis e retiramos o resto do lixo...Desde então há moradores todos os dias. Ainda há (poucos) problemas com frequentadores da casa...Alguns pudemos pedir que deixassem de aparecer, outros foram mais hostis, e enquanto o espaço não ganha notoriedade com a vizinhança nem temos porte para segurar algumas tretas, tivemos que ceder. Isso não seguirá.

Os vizinhos mais proximos agora já nos conhecem e apoiam a causa, timidamente. A polícia (???) chegou a aparecer e disse apoiar-nos também, pela iniciativa do centro cultural.

Há 2 quartos nos fundos, como mostra a planta. Um deles está ocupado por 2 moradores, usuários também, que estão aí desde a mais tempo. Estamos em relação diplomática, os BO's podem dar problema pra casa inteira, inclusive se frequentarem menores por lá. Porém são pessoas que nos respeitam e apoiam, dialogam, etc... Ficamos por aí com eles. À medida que a casa comece a exercer atividades a situação se resolverá por si só.

O Squat não foi definido tribalmente, é plural...Está aberto para artistas, "hippies", "punks", góticos etc...Acho que falo por todos por dizer que não estamos muito interessados na 'capa', todo aquele que queira contribuir para a causa libertária, o desenvolvimento cultural e autonomo, etc...Pode vir. Sempre lembrando disto: Uma casa libertária, autônoma, uma zona autônoma! Todo o suporte aos movimentos libertários!

Avante!


Fotos do dia da okupação:





Nenhum comentário:

Postar um comentário